Jonata Biehl

Hoje eu acordei diferente, senti meu corpo mais forte, mais ardente, meus sentimentos aflorados em minha pele. O ar frio da manhã do começo do outono me fez sentir minha pele firme de jovem, meu vigor... mas me fez perceber a fragilidade que tenho ao pensar na vida. Tenho vivido, lutado, estudado, viajado... mas nada disso eu realmente planejei, é como se eu estivesse em um bote descendo um rio de corredeiras fortes, e ao longe é possível ouvir o forte estrondo de uma queda d'água. Remar para trás é impossível, nas margens só há rochas que não permitem ancoragem, o que resta é continuar e esperar o que as corredeiras me aguardam. Mesmo em meio a tantas turbulências é possível encontrar calmaria nas curvas dos rios, onde as água são profundas e a vida emerge de forma fantástica. É nesses momentos em que tomamos fôlego para ter condicionamento para enfrentar a próxima cascata, que nos tornará ainda mais resistentes. A falta de controle sobre o futuro e as confluênci

Meu passado, meu presente e futuro estão temporalmente separados, mas eu não tinha idéia de como são realidades diferentes. O que há de comum com tudo sou apenas eu, e mesmo assim o eu de ontém não é o mesmo de hoje e nem será o mesmo de amanhã. O que me levou a aprender muitas coisas, muita habilidades adquiridas hoje não me atrai como outrora; o que me causava repulsa, hoje me fascina, me ipnotiza. Nunca e sempre não devem ser proferidos, pois simplesmente mudamos de opinião durante a vida. Agora o que me deixa em contradição comigo mesmo são as mudanças que estão por vir. Será que vou deixar de gostar do que gosto atualmente? O que me fará mudar novamente no futuro? Amores, decepções, ganhos, perdas, conquistas e até as próprias mudanças nos mudam. Mudando a cada dia e indo em direção ao que não era previsto e imaginável. Vivendo e aprendendo... Aí vamos todos nós... Jhony