Eu não sou dono de nada...
Certa
vez eu li um e-mail desses encaminhados que contava a história de um homem que
tinha 4 esposas. Quando estava em seu leito de morte, o homem perguntou as
quatro esposas qual delas morreria com ele. A primeira a responder foi a esposa
que ele mais amava, a qual o homem dava tudo o que lhe pedia, e a sua resposta
foi que, foi muito bom enquanto viveram juntos, mas não só não morreria com
ele, como depois que ele morresse, ela se casaria de novo. A segunda esposa, a
qual o homem também amava muito, mas não bajulava tanto quanto a primeira, lhe
respondeu que o venerava e que nunca mais se casaria de novo, mas que não
morreria com ele, mas sempre lembraria com muito carinho dos momentos que
viveram juntos. A terceira esposa, que ele amava e cuidava com carinho, mas não
dava muita atenção, respondeu-lhe que morreria com ele, pois não conseguiria
viver sem o seu amado esposo, mas que não o acompanharia além do túmulo. Por
fim, a última esposa a responder foi a que ele mais rejeitou durante a vida,
nunca lhe dando o amor devido, respondeu que morria por ele não importando o
motivo, e iria com ele pra onde quer que fosse.
A
primeira esposa ilustrada aqui seriam os nossos bens materiais, embora nós
cuidemos muitos bem deles, quando morrermos eles ficaram e serão pertences de
outras pessoas. A segunda esposa seriam os familiares, eles não morrerão
conosco, mas sempre seremos lembrados com muito amor. A terceira esposa seria o
nosso corpo, por mais que cuidemos dele, ele irá desfalecer com a nossa morte.
A quarta e última esposa é a nossa alma, que irá conosco para sempre,
independente de como a tratemos.
O
que eu tiro de conclusão dessa metáfora não é o tratamento que damos as nossas
almas, que é muito importante por sinal, mas sim o fato de que tudo que
consideramos pertences nessa vida não serem nossos de verdade. Um objeto
qualquer é nosso enquanto está sob o nosso domínio, a qualquer momento ele pode
ser roubado, não ter mais utilidade e ser jogado fora... Um bichinho de
estimação que temos mais cedo ou mais tarde acaba morrendo... Nem o nosso
próprio corpo é nosso, pois quando morremos não o temos mais. A própria vida,
organicamente falando, acaba e não nos pertence mais.
Pensando
em tudo isso, é simples perceber como tudo nessa vida é passageiro e dura
pouco, tanto os momentos bons quanto os ruins. Sabendo que o que temos
falecerá, é bom levarmos a vida menos a sério e que tudo o que adquirimos faz
apenas parte de nossa rotina, mas não deve ser levado como prioridade principal
e foco de nossas atenções, pois o que realmente importa não são as coisas, essas
na realidade são o que menos valem para a nossa felicidade.
Jhony.
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