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A nobreza do trabalho

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Apesar da grande insatisfação de muitos com a atividade que desempenha em sua vida, há muitos que não sabem reconhecer a nobreza do seu trabalho. Perto do final da faculdade, fizemos uma saída de campo onde conhecemos a realidade do trabalho dos coletores de resíduo urbano. Eu e um colega aproveitamos para conhecer de perto ao ponto de irmos atrás do caminhão pelas ruas de um bairro. Lembro deste dia com nostalgia e este sentimento me faz refletir sobre a importância e a nobreza desta atividade para a sociedade. Se por alguns dias esses trabalhadores pararem de desempenhar suas atividades, o caos se instauraria. Indo um pouco além, penso numa reflexão sobre as qualidades desse tipo de trabalhador e as consequências do seu trabalho. A limpeza e asseio da cidade, a redução de vetores transmissores de doenças, a destinação correta dos resíduos, o que seria melhor ainda se houvesse separação dos recicláveis. Seria muito importante cada um refletir sobre a nobreza e os benefíci

O espaço entre os espaços

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Analisando tudo o que está a nossa volta, é possível perceber que em tudo há matéria. Mas o que é matéria? Seria tudo o que ocupa lugar no espaço. Este seria um conceito perfeito. Mas o que é espaço? Seria tudo o que não é matéria? Seria o lugar onde a matéria não habita? No momento em que tocamos em algo, ao pegar uma caneca e tomar café quente por exemplo, sentimos a diferença de temperatura entre a caneca quente e qualquer outro objeto a temperatura ambiente. Isso acontece pois temos sensores nervosos na camada logo abaixo da pele, que transfere essa informação ao cérebro através de impulsos elétricos. Qualquer outra informação também seria sentida, poderia ser também frio ou dor. Analisando essa situação por um olhar microscópico, se fosse possível observar, perceberíamos que o dedo, ao tocar a caneca, ele de fato passa longe de encostar. Para ser mais claro, apesar de acreditarmos o contrário, em nada que está a nossa volta, realmente tocamos. Pode parecer loucura, mas é

Nação perdida...

Que os bons são maioria não resta dúvida, mas que a minoria dos ruins incomoda demais, resta menos dúvidas ainda. Estava eu ontem no cinema, na penúltima fileira, onde acho melhor de assistir. Perto do momento do filme começar, entra um grupo de jovens e ocupa uns 10 lugares na fileira logo atrás de mim. Já nos trailers, os indivíduos faziam ruídos e onomatopeias imitando os personagens e teciam comentários desagradáveis e sem fundamento. Uma irritação foi crescendo dentro de mim. O filme começou e os baderneiros continuaram a total falta de respeito, diminuindo o intervalo entre um e outro comentário inútil. Dentre os ruídos proferidos estavam arrotos, bocejos, gargalhadas espalhafatosas e sarcásticas em cenas que não despertavam graça para tal, e uma série de comentários sobre a dramaturgia do filme na qual eles não tinham a menor competência para avaliar, coitados. Dentre eles, imagino que devido aos excessos, ouvi um comentário de admoestação sobre o péssimo comportamento.

Hoje não...

E hoje eu não queria flertar, apenas observar, analisar o comportamento dela. Quando ela dançava eu não conseguia parar de olhar. Estava hipnotizado pelo seu rebolado, pelo salto alto, pela saia preta e blusa cinza, pelos cabelos ondulados de pontas crespas. Coisas rara de se ver na era do alisamento, progressiva, permanente e chapinha da maioria delas. Eu poderia ter ido até lá, o não já estava garantido com a falta de atitude. Mas hoje a atitude era diferente, era de observador, de alguém que já teve muito a fome saciada, que o somatório já não somava mais. O que soma é a qualidade, e essa é imensurável. Embora ela tivesse muita qualidade, hoje era dia de olhar nos olhos e não sorrir. Um amigo levantou a mão, acenando de uma lado para o outro, no ritmo da música. Ela nos olhou e sorriu, como quem está para novos amigos, mas hoje eu não podia. Hoje eu tinha que ver ela partir sem nunca saber seu nome, sem nunca mais ver os olhos cor de mel vistos de cima, daqueles mais que 1,70m

Valer a pena...

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Começo a pensar no princípio de tudo e ver tudo aquilo que eu dava valor Analiso o que eu possuía e não possuo mais Eu vivia numa nostalgia que hoje não me contagia mais Não faço mais ideia do que me fazia realmente feliz Meus conceitos mudaram, caíram ladeira abaixo, troquei de mente e corpo, sei lá, só sei que mudei demais Os amigos que viviam comigo hoje não me pertencem mais Saudades demais sinto deles e de tudo o que vivíamos juntos, mas nada vai voltar Gargalhadas dei em momentos que nunca mais serão sentidos e nem sentido farão mais Mas a partir de agora há muito a se pensar O que realmente deve ser dado valor, o que realmente importa As pessoas com as quais eu quero passar o meu tempo, as que eu amo Os locais aos quais eu quero passar a frequentar, o trabalho que quero, a casa que quero, o lazer que quero, o esporte que quero, os filhos que vou querer A vida que eu quero e a morte que eu vou querer depois que tudo isso passar Afinal todos tem qu

Viver...

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Sofrer por amor, quem nunca sofreu? Só quem nunca amou. Uma noite mal dormida, um almoço mal almoçado, um dia sem palavras, e tudo piora se estiver chovendo. Quando amamos, depositamos expectativas sobre aquela pessoa amada. O que mais quebra essas expectativas não são as coisas que esperamos não sendo feitas, mas sim as coisas das quais nunca esperamos acontecendo. Regras em relacionamentos: não existem, simples assim! O que deve ser prezado é o amor, e com ele vem o respeito, perdão, compreensão, complacência, saudades... Amar não é fácil, mas é impossível não amar. Diz um provérbio que a verdadeira felicidade está no desapego, inclusive do amor (sem amor, sem sofrimento). Fácil e vazio. O amor é a coisa mais linda e tem que ser vivido. Amando e fazendo-se amar podemos ir mais longe, viver a vida com intensidade. Afinal, de que vale a vida sem amor? Jhony

Não há posses...

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O oficial realmente não importa. O que é realmente meu? Se sou roubado, meu já não é mais, não importa o que está escrito no documento. De que adiantam as leis, se não estiverem na consciência? Pobre coitado do que vive a sombra de regras e leis vãs de homens. Morre açoitado vagarosamente por uma regra covarde de posses, sem saber que seu único bem próprio é a vida que morre. Não há nada realmente a ser ganho e a ser perdido, pois nada realmente é possuído. O corpo que nos acompanha a todo momento nos servirá enquanto vivos. Regras, conceitos: de nada servem a não ser regular a vontade de poucos sobre gentes e gentes. Jhony